Baía da Traição - Kd os índios?
- por Fernanda Bertino
- 9 de mai. de 2016
- 4 min de leitura
Saindo de Genipabu, no Rio Grande do Norte, entramos no estado da Paraíba para conhecer uma praia chamada Baía da Traição. O nome já tinha me deixado curiosa, quando eu soube que era uma região indígena potiguara fiquei com mais vontade ainda de levar Filó lá.
O percurso foi todo em estrada boa e levou 4h, com parada para almoço no caminho. Algumas pessoas falaram que a estrada entre Rio Tinto e Baía da Traição estaria péssima, mas não estava não. Outras pessoas falaram para tomarmos cuidado com os índios, que as vezes rolava estresse deles com visitantes, outra mentira (pelo menos conosco, rs).
Achei bem bacana o portal da cidade, indicando claramente ser uma reserva indígena. Reparem o barco, o arco e a flecha na foto:

Em 2 noites na Baía da Traição nós conhecemos:
- A praia Baía da Traição
- A Aldeia
- A Boca da Barra do Rio Camaratuba
- A Lagoa Encantada
- A Igreja de São Miguel Arcanjo (ruínas do séc. XVI)
- A praia de Coqueirinho
- O Forte
Ficamos hospedados bem de cara para o mar, na praia de baía mesmo, na "Pousada na Beira do Mar" (www.pousadanabeiradomar.com). Pousada ótima, toda novinha, bem decorada, quarto confortável e linda vista. Café da manhã também foi muito bom, tinha até macaxeira cozida para os veganos, rs.

Chegamos, curtimos um visual do por do sol ali na areia da praia bem na frente da pousada, pegamos todas as dicas com o Diogo (que toma conta da pousada) enquanto jantávamos uma comidinha delícia e caímos na cama pra descansar. Sim, essa pousada também serve comidas e pizzas.
No dia seguinte não perdemos tempo, fomos logo para a Boca da Barra do Rio Camaratuba, ver artesanatos indígenas e também tomar banho de rio e mar, já que fomos na Barra (encontro desses dois).
A estradinha pra lá é de terra e meio emboladinha, vá perguntando o caminho pra quem vc encontrar que dá certo.
Tinham somente duas barraquinhas de artesanatos e alguns outros dentro das três ocas que estão de pé lá. Tem um restaurante e um monte de índios pra um lado e pra outro trabalhando em madeira e papeando. Só não pense que são índios vestidos de penas, eles já são urbanizados, com roupas ocidentais e cultura já misturada. Mesmo assim, valeu muito bater papo com as senhorinhas, pra entender um pouco de como o índio é tratado pelo governo e como eles conseguem manter, mesmo que minimamente, uma cultura tão rica e diferente.
Depois de tomar um coco e bater bastante papo, seguimos andando pela areia do rio (que estava na baixa) até o ponto mais cheio para um mergulho. É lindo lá.
E você ainda consegue atravessar o rio nadando, subir um montinho e ir tomar banho de mar. Só fique de olho na maré, pois quando começa a encher é bem rápido. Se você estiver do outro lado, tem uma canoa que te leva de volta. Tem também opção de atravessar de carro, por balsa.

Dica de mãe: leve um guarda sol pra espetar na areia perto do rio. A distância de onde você deixa o carro e vai se banhar é pequena. Dá pra carregar de boa.
De lá ainda procuramos a Lagoa Encantada, que prometia ser um lindo paraíso cheio de peixinhos em águas transparentes. E era!
O percurso não tem placa, então você tem que perguntar, mas de carro é bem perto da Barra de Camaratuba e vale muito uma paradinha.
Você deixa o carro em cima e desce uma ladeirinha, tudo chão de areia. Aí é partir pro abraço!

Dica pra vegano: Na volta almoçamos num lugar bem gostoso, na cidade mesmo, chamado "O Forasteiro" e seguimos para conhecer outros pontos turísticos. Esse restaurante não é propriamente vegano, mas eles super adaptaram um prato e trouxeram ainda extras, como uma macaxeira frita deliciosa. Recomendo!
A Igreja de São Miguel Arcanjo datada do século XVI fica em cima de uma colina e é linda, pena que está literalmente caindo aos pedaços e não há uma plaquinha confirmando sua data ou história. Mas vale o passeio pela beleza das ruínas.
De lá ainda corremos para conhecer a Praia de Coqueirinho, mas já estava maré cheia e nem conseguimos ficar, a faixa de areia já quase nem existia. Tem uma igrejinha lá bem bonitinha com um sino ao alcance das mãos, Filó amou ficar badalando o sino, rs
Ah, mais pra frente nessa praia (vira outro nome) é onde se pega o barquinho para fazer o passeio do peixe-boi.
Na volta fomos até o Forte, em busca de uma vista panorâmica da Baía da Traição. Lindo! Ele fica bem em cima de uma falésia e pra chegar pode ser de carro ou até a pé, pois é na rua da praia e bem pertinho das pousadas (só tem uma ladeirinha).

Os pés de Filó são pequenos, mas já rodaram como se fossem pés de gigantes!
Na "Pousada na Beira do Mar" (www.pousadanabeiradomar.com) encontramos pés de gigantes e Filó se identificou muito com eles.
Aí se encerrou nosso passeio, foi voltar pra pousada, jantar, dormir e já sonhar com a próxima parada: Praia Formosa, Paraíba.